Antropofocus traz espetáculos e oficina de improvisação a Ibiporã

Ibiporã foi um dos cinco municípios paranaenses escolhidos pela Cia Antropofocus, de Curitiba, para receber, no final da semana passada (8 e 9 de julho), o espetáculo “Contos Proibidos de Antropofocus”. Foram três apresentações gratuitas, sendo uma para alunos de colégios estaduais de Ibiporã, no Cine Teatro Padre José Zanelli. Após os espetáculos, os artistas fizeram um bate-papo com o público.

O espetáculo faz parte do projeto de circulação CONTOS EM TODOS OS CANTOS, viabilizado por meio do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice), da Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura, com apoio da Copel, e apoio local da Prefeitura Municipal de Ibiporã, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SMCT). O evento integrou as comemorações pelos 75 anos de emancipação política de Ibiporã, a ser celebrado em 8 de novembro. No elenco, estão os atores do grupo Antropofocus, Anne Celli, Andrei Moscheto, Edran Mariano e Marcelo Rodrigues, e o ator convidado Bruno Lops.

Em “Contos Proibidos de Antropofocus”, o grupo enfrenta o desafio de fazer um espetáculo sem nenhum diálogo, onde a comunicação acontece apenas por meio do som.  Partindo da metáfora da incomunicabilidade, as cenas – ou contos – acontecem em ambientes onde pessoas desconhecidas se encontram, mas raramente iniciam uma conversa: dentro de um ônibus, debaixo de uma marquise num dia de chuva ou em um banheiro masculino.

O projeto, que é uma investigação do grupo sobre a força dramatúrgica que o som tem, nasceu da frequência com que grandes artistas cênicos e cinematográficos usam medidas sonoras para falar de seus trabalhos: o tom da cena, ritmo da ação e timming.

A programação ainda contemplou uma oficina de improvisação teatral, com grande participação dos alunos do curso de Teatro da SMCT.

Em comemoração aos 22 anos de trajetória, o Antropofocus ressaltou estar muito feliz com essa circulação pelo estado do Paraná e também por retornar à cidade de Ibiporã (a primeira vez foi em junho de 2010, com a peça "Pequenas Caquinhas") e partilhar a continuidade da pesquisa do grupo.