Lançado documentário sobre a trajetória de Henrique de Aragão

 

Publicado em: 02/09/2021 16:21 | Fonte/Agência: Jaime Kaster/ Secretaria Municipal de Cultura e Turismo / PMI - fotos: Jean Moledo e Ailton de Jesus/ PMI

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Filme sobre a vida e obra do artista, que contou com recursos da Lei Aldir Blanc, foi lançado oficialmente no Cine Teatro Padre José Zanelli

A administração municipal de Ibiporã, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SMCT), fez na última quarta-feira (01/9) o lançamento oficial do documentário “Henrique de Aragão – um artista transcendente”, produzido com recursos da Lei Aldir Blanc – a Lei Federal nº 14.017/ 2020, também conhecida como lei de auxílio emergencial ao setor cultural. O filme teve direção do jornalista Daniel da Silva e direção de fotografia de Túlio Frigeri.

A exibição foi no Cine Teatro Padre José Zanelli, para autoridades e alguns convidados, devido às restrições de público e necessidade de distanciamento, em razão da pandemia. A administração municipal promoverá uma nova exibição, ainda sem data agendada, para atender a outros públicos interessados e lideranças do setor. Depois disponibilizará o filme nos canais oficiais da Secretaria de Cultura.

Em discurso que antecedeu a exibição, o prefeito José Maria Ferreira relembrou importantes momentos de Aragão e seu pioneirismo no incentivo às artes, em Ibiporã: “Henrique foi um artista completo, que fomentou as mais diversas formas de arte, que fazia dela um abraço àqueles que conhecia. Henrique não teve unanimidade, mas teve personalidade, uma personalidade forte com a qual defendeu com firmeza os seus ideais, sua arte, suas crenças. Henrique de Aragão foi um artista transcendente, foi um ser humano completo que escolheu Ibiporã como sua casa, a casa de sua arte até 2015, quando retornou ao cosmos, como ele próprio dizia”, concluiu o prefeito.

O prefeito e o secretário de Cultura e Turismo, Luciano Betiate, deram as boas vindas e parabenizaram a qualidade da produção, ressaltando a importância do investimento público para alavancar produções como essa. Após a exibição, todos foram recepcionados pela equipe da Secretaria de Cultura na Casa de Artes e Ofícios Paulo VI, local onde Henrique de Aragão viveu e trabalhou por quase 50 anos, de 1966 a 2015, quando faleceu, no dia 25 de agosto.

A Casa de Artes (FOTOS) passou por uma recente reforma e está aberta ao público (pequenos grupos) nos dias de semana, seguindo as normas de segurança.

SOBRE A PRODUÇÃO

O documentário “Henrique de Aragão – um artista transcendente” foi uma das três propostas apresentadas ao edital 005/2020, que fez a seleção de projetos audiovisuais no município de Ibiporã, com o objetivo de fomentar criações e a produção de conteúdo local.

Seguindo a proposta do edital, o diretor Daniel da Silva produziu um documentário de 20 minutos sobre a trajetória de Henrique de Aragão, estruturado por meio de depoimentos, registros do próprio artista e imagens de arquivo, muitas delas cedidas pelo Museu Histórico e de Artes de Ibiporã (MHAI), órgão da SMCT, para compor visualmente a narrativa, retratando de forma poética o conceito de sua obra. “Henrique foi autodidata e tinha um jeito muito peculiar de fazer arte. A conexão dele com a espiritualidade era algo realmente transcendental. Por isso o nome do documentário “Henrique: um artista transcendente”, explica o diretor.

DEPOIMENTOS DE AMIGOS

De acordo com ele, o objetivo do documentário foi divulgar o que ainda não havia sido documentado sobre esse ícone da arte sacra no Brasil. “Procuramos abordar, por meio de depoimentos de artistas e pessoas que tiveram uma convivência mais próxima com o artista, aspectos de sua vida pessoal e profissional, destacando sua técnica, principalmente as esculturas confeccionadas em aço inox.

O filme traz depoimentos do padre João Giomo, que teve uma atuação próxima de Henrique, como pároco da Igreja Matriz, e dos artistas e amigos do homenageado, como Agnaldo Adélio Eduado, Gastão Botti, Marcos de Alencar Pelisson e Marilza Ribeiro. Tem ainda uma participação especial da atriz e jornalista Thainara Pauleti Fernandes, interpretando um texto de Henrique sobre a obra "O Passageiro".

O filme também ressalta a versatilidade artística de Henrique de Aragão, que além de escultor, foi pintor, desenhista, dramaturgo, poeta e animador cultural. Ou seja, um artista completo”, afirmou o diretor.

Parabenizando a produção, o secretário Luciano Betiate destacou a importância da Lei Aldir Blanc. “A classe artística foi duramente atingida pelas restrições da pandemia. As ações emergenciais destinadas ao setor não apenas socorrem financeiramente o artista, ajudando a movimentar a economia e a cadeia produtiva cultural do município, mas também possibilita acessar diferentes manifestações, visto que os editais de fomento são em várias áreas”, afirmou.

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