Pré-estreia do documentário “Henrique de Aragão – um artista transcendente” - Foto: Jean Moledo/NCS/PMI
Filme foi exibido para a equipe da Secretaria de Cultura e Turismo. Em breve será disponibilizado ao público
Uma das propostas contempladas com recursos da Lei Federal nº 14.017/20 (Lei Aldir Blanc), também conhecida como lei de auxílio emergencial ao setor cultural, foi apresentada na última sexta-feira (07) aos servidores da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SMTC). O documentário “Henrique de Aragão – um artista transcendente”, dirigido e roteirizado pelo jornalista ibiporaense Daniel Pereira da Silva, teve pré-estreia no Cine Teatro Padre José Zanelli respeitando-se todos os protocolos de prevenção à Covid-19, tais como uso de máscaras por todos, álcool gel 70% e distanciamento.
O documentário foi uma das três propostas escolhidas no edital 005/2020, o qual previa a seleção de propostas artísticas e culturais para produções audiovisuais no município de Ibiporã, com o objetivo de fomentar projetos e criações audiovisuais, assim como a produção de conteúdo local.
Seguindo a proposta do edital, o jornalista produziu um documentário de 20 minutos sobre a história do artista plástico Henrique de Aragão, estruturado por meio de depoimentos, registros do próprio artista (arquivo), e outras formas para compor visualmente a narrativa retratando de forma poética o conceito de sua obra. “Henrique foi autodidata e tinha um jeito muito peculiar de fazer arte. A conexão dele com a espiritualidade era uma coisa realmente transcendental. Por isso o nome do documentário é “Henrique de Aragão – um artista transcendente”, explicou Silva.
O jornalista acrescentou que o objetivo do documentário é divulgar o que ainda não havia sido documentado sobre um dos ícones da arte sacra no Brasil, que escolheu Ibiporã para desenvolver e ensinar a sua arte. “Procuramos abordar por meio de depoimentos de ex-discípulos e pessoas que tiveram uma convivência mais próxima com o artista aspectos de sua vida pessoal e profissional, destacando a sua técnica, principalmente as esculturas confeccionadas em aço inox. O filme também ressalta a versatilidade artística de Henrique de Aragão, que além de escultor, foi pintor, desenhista, dramaturgo, poeta e animador cultural. Ou seja, um artista completo”, comentou Silva.
Parabenizando a qualidade da produção, o secretário de Cultura e Turismo, Luciano Betiate, valorizou a Lei Aldir Blanc. “A classe artística está sendo duramente afetada pelas restrições impostas pela pandemia de Covid-19. As ações emergenciais destinadas ao setor não apenas socorrem financeiramente o artista, ajudando a movimentar a economia e a cadeia produtiva cultural do município, como nos possibilita acessar diferentes manifestações, visto que os editais de fomento são em várias áreas artísticas”, concluiu Betiate.
Conforme previsto em edital, a SMCT será responsável pelo agendamento da apresentação, articulação da grade de programação e divulgação das propostas selecionadas, utilizando os canais de redes sociais dos próprios proponentes, da SMCT e de outros parceiros, quando for conveniente. As propostas selecionadas serão agendadas e executadas depois de terminado o Estado de Emergência Pública no Município de Ibiporã.
Mais de 190 mil repassados à classe artística
Segundo prestação de contas realizada recentemente pela Comissão Especial de Fiscalização da Lei Aldir Blanc do município de Ibiporã, o Governo Federal repassou R$411.168,98 a serem utilizadas em três categorias - Auxílio emergencial de R$ 600,00 para agentes culturais, em três parcelas; Edital de Chamamento para Concessão de Subsídio a Espaços Culturais e Coletivos; cujo valor pode variar de R$ 3 mil a R$ 10 mil por mês; e editais de fomento (Chamadas Públicas e Prêmios) para propostas nas áreas de teatro, música, dança, audiovisual, artes visuais e artesanato e contação de histórias.
Em 2020, o total repassado aos inscritos foi de R$190.500,00. A comissão julgadora designada pela SMCT selecionou 26 propostas, cujos subsídios variam de R$1 mil a R$12 mil. “Há um saldo remanescente de pouco mais de R$220 mil que deveria ter sido devolvido ao Governo Federal no final do ano passado. Contudo, há uma grande possibilidade de que a Lei Aldir Blanc seja reformulada, prorrogando os prazos de utilização de recursos repassados”, explicou o secretário. O Senado e a Câmara dos Deputados aprovaram recentemente o Projeto de Lei 795/21, que reformula a Lei Aldir Blanc. O texto permite que estados, Distrito Federal e municípios utilizem, até 31 de dezembro de 2021, o saldo remanescente do dinheiro transferido para ações emergenciais de renda e projetos culturais. A matéria aguarda sanção presidencial. A Lei Aldir Blanc contemplou 40 mil projetos de editais somente nos estados e no Distrito Federal.