A reforma da Casa de Artes e Ofícios Paulo VI, mantida pela Prefeitura, por meio da Fundação Cultural de Ibiporã, está chegando ao seu final e essa obra, segundo o secretário municipal de Cultura e Turismo, Agnaldo Adélio, faz parte do processo de organização para o tombamento do edifício a ser entregue, recuperado e restaurado.
“Vamos criar leis municipais específicas para a regulamentação e organização deste acervo e a própria reforma faz parte desse processo. Procuramos o Governo do Estado, com o objetivo de firmarmos uma parceria para tombarmos esse bem, com a catalogação de suas obras. Esse patrimônio faz parte da Fundação Cultural de Ibiporã e estamos atentos à preservação desse rico espaço artístico e histórico de Ibiporã”, afirma o secretário.
A Secretaria de Cultura também está elaborando um projeto de lei para ser enviado à Câmara Municipal para “criarmos um mês de comemoração em memória ao artista plástico Henrique de Aragão [que viveu 50 anos na Casa de Artes], envolvendo as escolas e toda a comunidade”. Essas atividades seriam realizadas todos os anos em agosto, mês em que faleceu Henrique, em 2015.
A Casa de Artes estava em situação precária em algumas áreas e apresentava risco no seu sistema elétrico, o que poderia provocar um incêndio e comprometer o patrimônio. Por isso, a reforma foi o primeiro passo neste sentido de proteção.
“Estamos investindo mais de R$ 400 mil na obra, buscando também reativar o ateliê do Henrique de Aragão, haverá uma sala de desenho, já foi restaurado o teatro Eutália Aragão, foram trocadas as instalações elétricas, a cobertura do ateliê, foram consertadas telhas e calhas, e haverá um pequeno museu em homenagem a Henrique, com algumas peças e objetos que fazem referência à sua memória e ao seu trabalho no local. Enfim, estamos providenciando tudo o que é necessário para que as pessoas possam ter ali um espaço para visitar e aprender, inclusive com acessibilidade”, adianta Agnaldo.
A Fundação Cultural de Ibiporã, que é detentora deste patrimônio, vem zelando e cuidando deste bem público, com vistas à preservação da memória e do patrimônio artístico que esse espaço representa para a cidade.