Almir Sater

 

Publicado em: 03/05/2013 13:59

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Almir Sater é um exímio violeiro, compositor, cantor e instrumentista brasileiro, nascido em Campo Grande, MS, em 14 de Novembro de 1956.

Desde 12 anos já tocava viola, gostava do mato e dos sons da natureza;

Aos vinte anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, para estudar Direito, mas desistiu motivado inicialmente por escutar no Largo do Machado, uma dupla tocando viola caipira, onde dedicou ao seu estudo, tendo Tião Carreiro, como mestre.

Retornou à Campo Grande e formou a dupla Lupe e Lampião com um amigo, mas fascinado pelo instrumento, resolveu ir para São Paulo e dedicar-se na carreira solo.

Em 1981, gravou seu primeiro disco \"Estradeiro\", dando o início de sua trajetória musical, até os dias atuais.

Fez parte da geração \"Pratas da Casa\" no início dos anos 80, um movimento que juntou os maiores expoentes da música sul-mato-grossense e da qual participou da gravação do DVD, com seus conterrâneos, num encontro histórico.

Com mais de 30 anos de carreira e 10 discos solos gravados, é considerado um dos artistas mais completos, graças ao seu virtuosismo na viola.

Almir tornou-se um dos responsáveis pelo resgate da viola de 10 cordas, agregando, um toque mais sofisticado ao instrumento, estilos como blues e rock, embalados pela pegada do folk, uma mistura de música folclórica, erudita e popular, considerada atemporal.

O seu estilo caracteriza-se pelo experimentalismo e sua música descrita como folk agrega uma sonoridade tipicamente caipira da viola de 10 cordas, do folk norte-americano, irlandês e influências da música inglesa e das fronteiriças com seu estado, como a paraguaia e andina, e os ritmos regionais como guarânias, polcas e chamamés.

Sua trajetória musical sempre foi marcada por grandes feitos:

Em 1986, em conjunto com Paulo Simões, o maestro e violinista Zé Gomes (in memorian), o jornalista, crítico e pesquisador Zuza Homem de Mello e o fotógrafo Raimundo Alves Filho, iniciaram uma comitiva que explorou o Pantanal.

Com diversos registros fotográficos e pesquisando o modo de vida dos pantaneiros, de maneira poética, acabou resultando em um documentário, coproduzido pelo artista e Paulo Simões, \"Comitiva Esperança , uma viagem ao interior do Pantanal\", dirigido por Wagner de Paula Carvalho e fotografia de Aluísio Raulino e som de Artur Bandeira, realizado pelo Tatu Filmes.

Em 1988, foi escolhido por unanimidade pela crítica, para participar da abertura do Free Jazz Festival em 1989, ao lado de nomes sagrados da música mundial.

Dono de um talento ímpar e versatilidade como artista, único a cantar em Nashville, USA, berço da música country americana, no mesmo ano em 1989, gravou o CD Rasta Bonito, da qual resultou no encontro e na fusão da viola caipira com o banjo americano.

Nos anos 90, Almir ganhou dois prêmios Sharp, (Atual \"Premio Música Brasileira\"), com as canções: \"Moura\" (instrumental) e \"Tocando em Frente\", esta considerada um \"hino\" motivacional.

Também obteve grande destaque como ator nas novelas: \"Pantanal\" (1990), \"Ana Raio e Zé Trovão\" (1991), \"O Rei do Gado\" (1996) e \"Bicho do Mato\" (2006).

O seu Álbum \"7 Sinais\", lançado entre o final de 2006 e início de 2007, traz um repertório eclético e inovador, conta com participações especiais dos sanfoneiros Dominguinhos e Luiz Carlos Borges.

Em 2010, o artista participou da gravação do DVD \"Emoções Sertanejas\", em homenagem aos 50 anos da carreira de Roberto Carlos, eleito pelos internautas, como uma das mais bonitas apresentações.

O Músico possui um carisma inexplicável, sua personalidade simples, faz com que arraste multidões em suas apresentações, sendo um dos artistas mais requisitados, para abrilhantar shows, eventos culturais e corporativos por todo o país.

Almir Sater, por onde se apresenta, é ovacionado pela plateia, ao cantar suas canções marcantes: \"Cavaleiro da Lua\", \"Trem do Pantanal\" e as clássicas \"Um Violeiro Toca\", \"Tocando em Frente\" e \"Chalana\", sempre solicitadas.

O show mescla com o CD \"7 Sinais\", sem deixar de lado a técnica impar e o magistral toque de viola indispensável nas suas apresentações, que o tornou consagrado.

Além do toque peculiar e diferenciado na viola, o músico não dispensa o violão folk de 12 cordas, que alternados, produzem um espetáculo original e de primeira qualidade.

E o resultado é único, ao mesmo tempo reflete traços populares e eruditos, despertando atenção de públicos diversos.

O artista é um dos poucos que não deixou a emoção de lado e a música flui de seu coração, com originalidade, sem subterfúgios ou aparatos tecnológicos, transborda em sentimentos, na forma real, capaz de penetrar até nas almas mais blindadas e aguçar a comoção.

A interação com o público é tão natural que, a impressão, após o show é de ter estado no quintal de casa, completamente à vontade, num tom mais intimista.

Almir Sater está entre os 30 maiores ícones da música brasileira, apontado pela Revista \"Rolling Stone Brasil\".