4ª Conferência Estadual de Cultura reúne atores do setor para discutir propostas/Fotos: Kraw Penas/SEEC-PR e Divulgação
Ibiporã marcou presença na 4ª Conferência Estadual de Cultura do Paraná, promovida pela Secretaria de Estado da Cultura (SEEC) nos dias 4 e 5 de dezembro, em Foz do Iguaçu. Os quatro delegados eleitos durante a 3ª Conferência Municipal de Cultura, realizada na data de 26 de outubro, no Cine Teatro Padre José Zanelli – Marcos Romani e Ana Cláudia Figueira (segmento governamental – Secretaria Municipal de Cultura a Turismo), e Claudiane Theodoro e Cláudia Eccard (segmento artístico), juntaram-se aos demais delegados, convidados e observadores de todo o Paraná para debaterem os eixos temáticos e setoriais, revisarem o Plano Estadual de Cultura (PEC) do Paraná e elegerem novos delegados.
Com o tema “Democracia e Direito à Cultura”, um dos principais pontos de debate foi a avaliação do PEC. O objetivo central do documento é assegurar o estabelecimento de um sistema de gestão pública participativa; acompanhamento e avaliação das políticas culturais; valorização; proteção e promoção do patrimônio e da diversidade cultural; acesso à produção e fruição da cultura em todos os municípios paranaenses; além da inserção da cultura em modelos sustentáveis de desenvolvimento socioeconômico.
A descentralização e a acessibilidade da população aos editais da Lei Paulo Gustavo e da Aldir Blanc foram abordadas pela secretária da Cultura do Estado do Paraná, Luciana Casagrande.
GRUPOS DE TRABALHO – Na segunda-feira, primeiro dia de evento, foi realizada a plenária de abertura, a aprovação do regulamento da Conferência Estadual e foram debatidos os eixos temáticos.
Para debater os eixos temáticos, os delegados se reuniram em grupos de trabalho e discutiram as propostas que foram enviadas pelos municípios. Posteriormente, cada grupo de trabalho elegeu duas propostas, que serão encaminhadas à Conferência Nacional de Cultura, prevista para março de 2024.
Os eixos temáticos debatidos foram Eixo 1 – Institucionalização, Marcos Legais, e Sistema Nacional de Cultura, Eixo 2 – Democratização do Acesso à Cultura e Participação Social, Eixo 3 – Identidade Patrimônio e Memória, Eixo 4 – Diversidade Cultural e Transversalidade de Gênero, Raça e Acessibilidade, Eixo 5 – Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade e Eixo 6 – Direito às Artes e às Linguagens Digitais.
Na terça, foram debatidos os eixos setoriais e o Plano Estadual de Cultura. No caso dos grupos de trabalho dos eixos setoriais, ocorreu a mesma metodologia de debate dos eixos temáticos. Contudo, apenas uma proposta foi destacada como prioritária. Elas serão base de discussão dos planos setoriais do Plano Estadual de Cultura.
Os eixos setoriais abrangem o campo das Artes Visuais; Música; Audiovisual; Ópera; Circo; Dança; Literatura, Livro e Leitura; Teatro; Patrimônio Cultural Material e Imaterial; e Povos, Comunidades Tradicionais e Culturas Populares.
Os planos setoriais, responsáveis pelas políticas públicas definidas para cada área, são instrumentos que se integram ao Plano Estadual de Cultura, por meio do qual o Estado do Paraná atende ao que é preconizado pelo Sistema Nacional de Cultura e Plano Nacional de Cultura. Esse documento deve atender aos processos de participação da sociedade, estruturado num amplo sistema de discussão e reflexão coletiva sobre a atual situação do setor.
Delegada de Ibiporã eleita para Conferência Nacional de Cultura
Na oportunidade, a delegada Claudiane Theodoro, conselheira do segmento dança do Conselho Municipal de Cultura de Ibiporã, foi uma das 30 representantes da sociedade civil escolhidas para representar o Estado na 4ª Conferência Nacional de Cultura, organizada pelo Ministério da Cultura (MinC). Outros 10 conselheiros foram eleitos representando a esfera governamental.
Hoje o Paraná tem 209 delegados. Destes, 124 são da sociedade civil e 85 governamentais. A função de um delegado é criar propostas para os eixos e votar em quais devem ser enviados à Conferência Nacional de Cultura.
As conferências são espaços amplos e democráticos de discussão e articulação coletiva em torno de propostas e estratégias de organização. O objetivo é reunir governo e sociedade civil organizada para debater e decidir as prioridades nas políticas públicas nos próximos anos. “A conferência reuniu diversos participantes do setor cultural para discutir como podemos cultivar e enriquecer a cultura em nossas comunidades. Foi uma oportunidade incrível para absorver novas perspectivas e compartilhar as nossas próprias. A participação de nossa cidade neste evento não foi apenas um ato de presença. Foi uma afirmação do nosso compromisso com o desenvolvimento cultural e a busca por novas oportunidades para nossa comunidade. As ideias e estratégias debatidas serão levadas para a Conferência Nacional de Cultura em 2024, colocando Ibiporã no mapa cultural nacional”, avaliou o diretor da SMCT e presidente do Conselho Municipal de Cultura, Marcos Romani.