Fitting: 38 alunas do ballet sobem pela primeira vez nas pontas

 

Publicado em: 17/04/2023 16:43 | Fonte/Agência: Caroline Vicentini/SMCT/PMI

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Fitting: 38 alunas do ballet sobem pela primeira vez nas pontas

Profissional especializada veio até Ibiporã fazer a prova das sapatilhas/Caroline Vicentini/SMCT

Quarenta alunas de ballet do Ballet Art, a escola de ballet do Centro de Formação em Artes e Cultura (Cefac), da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SMCT), viveram na semana passada um momento mágico e mais do que aguardado para quem dança ballet clássico – a subida na sapatilha de ponta. A experiência ocorreu durante o fitting - a prova dos modelos de sapatilha, realizada pela gerente da Só Dança Londrina, Andréa Sena, e acompanhada pelos professores.

A escolha do modelo ideal de sapatilha ocorreu com alunas do segundo ao quinto ano, na faixa etária dos 9 aos 16 anos. Para 38 delas, o momento foi ainda mais especial, pois era a primeira vez que subiam nas pontas. “Cada pé é uma história. E como costumamos dizer que não vendemos sapatilhas, mas sonhos, é muito importante fazer a prova do calçado para descobrir as medidas e características ideais para os pés, visto que um calçado personalizado faz muita diferença na técnica e performance da bailarina”, explicou Andréa.

A profissional acrescenta que vários aspectos devem ser observados durante o fitting, tais como tamanho, largura do box (parte da frente da sapatilha, mais dura), comprimento e resistência das palmilhas, além da escolha da melhor ponteira (proteção para os pés), que é feita de diferentes materiais. “Por isso, a importância dos professores acompanharem a prova das sapatilhas das alunas, pois já conhecem o desempenho delas em relação à força e estabilidade dos tornozelos e partes superiores do corpo, além de flexibilidade dos tornozelos e pés e alinhamento do corpo”, ressaltou Andréa.

A coordenadora do Núcleo de Dança do Cefac, Stephany Rodrigues, salientou que o papel do profissional de dança é fundamental para encaminhar a meninada neste processo. A preparação para subir nas pontas é realizada através de aulas de pré-ponta. “São aulas que trabalham os releves, joelhos devidamente esticados e coluna na posição correta, tudo perfeitamente encaixado para que a bailarina possa fazer um trabalho bem feito com a sapatilha de ponta. Isso sempre pensando no fortalecimento da musculatura das pernas e dos pés para subir corretamente na ponta”, explicou a professora de ballet clássico.

Aos 15 anos, Giovanna Ponciano Rodrigues foi uma das alunas que viveu a emoção de subir nas pontas pela primeira vez. “Sou muito exigente comigo mesma e achava que não conseguiria. Estava nervosa. A hora que subi, foi uma sensação de alívio. Agora é cuidar bem dos pés, da sapatilha, e me dedicar ainda mais às aulas, pois o meu sonho é ser uma bailarina profissional”, revelou Giovanna.

Mesmo sendo a sétima sapatilha de ponta a adquirir, o fitting deste ano, acompanhado pelas outras alunas e professores, foi inédito para Maria Heloisa Santos Alves, 16 anos, que dança na ponta desde os 11. “Lembro que da primeira vez que experimentei uma sapatilha de ponta fui sozinha à loja e me senti um pouco insegura. Viver esta experiência juntamente com as colegas, os professores e a representante da loja foi muito interessante, pois aprendi mais sobre os tipos de pés e os critérios levados em conta para a escolha da ponta ideal”, comentou a bailarina.

 

Como cuidar da sapatilha de ponta:

- Mantenha-as sempre secas;

Sempre ao final do uso, deixe-as em local arejado para que sequem. Muito importante: evite colocá-las imediatamente na bolsa que estará naturalmente abafada.

- Nunca lavar as sapatilhas;

No máximo, limpe-as com um pano limpo e pouco úmido.

- Usar sempre as ponteiras;

Durante o uso, encaixe a sua ponteira - além de proporcionar maior estabilidade para dançar, a ponteira também tem como função reforçar a ponta da sapatilha.

 - Coloque as ponteiras em um recipiente com talco, para aumentar a vida útil delas