"Artistas de Ibiporã": Célio Semprebon - arte digital e a magia das cores

 

Publicado em: 13/07/2021 16:54 | Fonte/Agência: Caroline Vicentini – Secretaria Municipal de Cultura e Turismo/PMI

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Célio Semprebon dedica-se há cerca de 10 anos a arte digital. Giovane Vinicius/SMCT/PMI e Divulgação

Natural de Ibiporã, o artista plástico Célio Semprebon nasceu no dia 4 de janeiro de 1954. O dom artístico foi descoberto e incentivado pelos pais ainda criança. “Tinha 12 anos e eles perceberam que eu gostava de desenhar e me deram papel, lápis de cor. Aos 16, comecei a estudar pintura e desenho na Casa de Artes e Ofícios Paulo VI. Pouco tempo depois fui dar  aulas para crianças. No ano seguinte eu já assumia todas as turmas do curso de desenho. Nesta época me dedicava mais à pintura com resina acrílica, e logo comecei a participar e ser premiado em salões de arte realizados no Estado. Por um bom tempo também trabalhei com a cerâmica. A minha casa mesmo eu comprei somente com a produção de cerâmica”, recorda o artista.

Semprebon é co-fundador da Casa de Artes e Ofícios Paulo VI, onde atuou como professor de desenho artístico, pintura, escultura e cerâmica no período de 1970 a 1986. Também foi diretor da Casa de Artes de 1976 a 1977. O artista plástico participou na confecção de algumas esculturas e pinturas do artista sacro Henrique de Aragão, dentre elas as esculturas “Monumento ao Desbravador”, localizada na Praça Sete de Setembro, em Maringá; “Cristo Libertador”, instalada em frente ao Auditório Pioneiros, no complexo da antiga Estação Ferroviária (Centro Socioeducativo, Turístico e Cultural); “Cristo Ressuscitado”, que se encontra no altar da Igreja Matriz Nossa Senhora da Paz; pintura da Via Sacra na Catedral de Apucarana e também auxiliou na pintura da igreja de Astorga.

O artista graduou-se em Educação Artística pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 1976. Após a formação, Célio não parou; o artista concluiu diversas especializações, aprimorando-se e colocando em prática toda a teoria que foi enriquecedora nos seus trabalhos. Neste período também lecionou em diversas escolas e universidades do município de Ibiporã e região, onde foi convidado por várias instituições a ministrar e levar seus conhecimentos artísticos. Dirigiu o Colégio Estadual Olavo Bilac entre 1985 e 1989. “Nas minhas aulas sempre estimulei a criatividade, o exercício da descoberta. Ensinava teoria, as diferentes técnicas, mas deixava os estudantes livres para desenvolverem os estilos deles. Tanto é que tive alunos premiados em salões de artes antes de mim”, comenta Semprebon.

 

Arte Digital

 

Há pouco mais de 10 anos, Célio Semprebon começou a se dedicar à arte digital (manifestação artística executada com a ajuda de meios eletrônicos — computadores, smartphones ou similares). “Eu desenhava plantas residenciais e meio que por acaso descobri uma ferramenta no software que me permitia criar elementos artísticos. O meu primeiro quadro de arte digital foi “A gravidez de Ícaro”, relembra o artista.

O artista plástico lembra que as cores não existem, mas são vibrações que, em sua obra, tocam a emoção do observador. ''Quando coloco uma cor do lado da outra nos meus quadros, crio um jogo para confundir a visão da pessoa. Nessas telas não ponho a mão na hora de fazer, mas a mente'', destaca Semprebon, que recorre à tecnologia do computador para compor as suas telas numa mistura de pop art e abstrato.

Para Semprebon, a utilização da tecnologia é parte da própria evolução da arte, o que facilita também o acesso de muitas pessoas à cultura.
''Se você se basear nas primeiras manifestações artísticas verá que na pré-história, os homens pintavam com as mãos. Porém, houve uma evolução. Hoje temos a tecnologia à disposição. O que importa em arte é o fato criador e não a forma de criação'', acrescenta o artista plástico, que ressalta a rapidez com que esses trabalhos são produzidos, o que os torna mais baratos em relação às outras técnicas de pintura.

Semprebon contabiliza mais de 300 obras em arte digital prontas. Dentre os futuros projetos estão a realização de um salão de artes objetivando a arrecadação de fundos em prol do Hospital Cristo Rei, Lar Padre Leone (asilo de Ibiporã) e Ong Maria Galera, que acolhe animais abandonados.

Assista aqui ao vídeo sobre o artista plástico Célio Semprebon.