Lílian Terrin

 

Publicado em: 06/08/2010 11:43

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Lílian Andréia Pastori Terrin. Quem a vê passando pela rua, talvez não imagine o talento que ela carrega consigo. Com 22 anos apenas, ela cursa duas faculdades: Direito na PUC e Letras na UEL. Discreta, se constrange ao ser chamada de escritora. Apenas sorri tímida. E foi assim, com essa discrição que Lílian esteve esta semana na Secretaria de Cultura e Turismo de Ibiporã para comunicar que foi convidada para participar da 21ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, nos dias 14 e 15 de agosto.

O convite para o evento surgiu assim, meio de surpresa. \"Eu fiquei absurdamente pasma com o convite. Dois trabalhos meus foram selecionados para comporem uma Antologia num concurso de São Paulo, e a Editora que promoveu este concurso, terá um estande na Bienal e então eles me convidaram!\". Os trabalhos aos quais Lílian se refere são: o conto: Sonho Sonhado e a poesia: Da (i)lógica do amor, que farão também parte da Antologia Delicatta V.

O título de escritora é algo que ainda assusta essa ibiporaense que percebeu sua intimidade com o texto aos 13 anos, numa seletiva escolar. \"Ganhei a medalha de ouro num concurso de Redação na escola e foi aí que percebi que tinha jeito para escrever, mas ainda não tinha coragem de mostrar meus textos, foi só depois dos 17 anos que montei o blog Temporário, no qual fui publicando alguns trabalhos meus\", comenta.

A partir de seu trabalho no blog, Lílian foi convidada para ser a corretora ortográfica da Revista Conexão, encabeçada por Mikael Bissoni que depois se transformou na trilogia Vampiría (história em quadrinhos); Participou do concurso Antologia Literária Cidade - Volume VI, na Bahia, no qual foi selecionada com um conto, uma crônica e uma poesia e em seguida veio o concurso da Bienal, no qual foi selecionada nas categorias poema livre e conto.

Os trabalhos desta contista, cronista e poetisa têm sido elogiados pelas temáticas bem abordadas, pelo bom fechamento do texto, muito ritmo nos poemas e clareza de estilo. A inspiração para produzir textos com tantos atributos vem de um olhar diferenciado sobre os assuntos do dia-a-dia. \"Escrever é uma arte muito dolorosa, que te expõe muito, mas eu gosto. Eu acredito nisso de inspiração. Acho que ela vem além do nosso querer. Sempre tento dar um ar de conto para as minhas crônicas. É uma coisa mais corriqueira, mas com um fundo mais poético. Junta o dia-a-dia com uma sensibilidade um pouco diferenciada\", relata.

Sobre a temática de seus textos, ela afirma preferir assuntos tristes aos felizes e explica o porquê: \"Gosto bastante de falar da dor, porque falar só de coisas felizes não muda as pessoas. As desilusões, decepções, expectativas das pessoas, isso, quando bem abordado, surte um resultado muito produtivo. Eu dou uma conotação engraçada à tristeza, mas, em geral, meus textos são mais tristes do que felizes\", pontua.

            As expectativas da jovem escritora para a 21ª Bienal Internacional do Livro são as melhores possíveis. \"Acho que vai ser uma oportunidade riquíssima! Mas vou com os pés no chão. Quero fazer amizades, se tiver tempo mostrar alguns textos meus e ter um primeiro contato com outras pessoas da área. Fico feliz por estar divulgando positivamente o nome de Ibiporã\", comemora.

             A Secretária de Cultura e Turismo, Sandra Moya, juntamente com a equipe da Fundação Cultural de Ibiporã parabeniza a jovem escritora e deseja muito sucesso na sua participação na 21ª Bienal Internacional do Livro em São Paulo.

Ana Maria Borges de Alcantara Mtb 8038