Conhecendo o Cefac: professor Victor Terra

 

Publicado em: 10/04/2023 13:00 | Fonte/Agência: Caroline Vicentini/SMCT/PMI

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Conhecendo o Cefac: professor Victor Terra

Arte: Letícia Neris/SMCT/PMI Fotos: Caroline Vicentini e Arquivo/SMCT/PMI

A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SMCT) inicia uma série de entrevistas com os professores do Centro de Formação em Artes e Cultura (Cefac). No total, são 24 profissionais de elevado nível técnico e grandes artistas que estão ajudando milhares de pessoas em Ibiporã a desenvolver seus talentos, e buscando a formação cidadã por meio da arte em suas diversificadas linguagens (dança, música, artes cênicas, artes visuais e audiovisual).

Estreando a série, um dos professores do Núcleo de Música do Cefac, Victor Terra. Com 27 anos, o instrutor londrinense de violino, viola, violoncelo e canto, já acumula 17 anos de trajetória na música. Aos 10, teve o primeiro contato com um instrumento musical – o violino – e de uma maneira atípica. “Minha irmã estudava em uma escola municipal e ganhou um sorteio para participar do projeto “Musicando nas Escolas”, da Prefeitura de Londrina, que ofertava aulas gratuitas de instrumentos e canto a crianças de bairros periféricos no contraturno escolar. Fui incumbido pela minha mãe de acompanhá-la às aulas e, assim, me apaixonei pelo violino. Minha irmã emprestava o instrumento para ensaiar em casa e eu aproveitava para tocar escondido. Um dia ela me flagrou tocando, e contou para a professora Regina Grossi, criadora do projeto, que eu estava ensaiando em casa. Ela pediu para eu tocar “Brilha, brilha estrelinha”, gostou do que viu, e me convidou para participar das aulas. A partir daí não parei mais de estudar”, relembra Terra.

Como frequentava o projeto três vezes por semana, além de aprender a tocar alguns instrumentos de corda clássicos, pode participar de atividades coletivas de musicalização, prática de orquestra e música de câmara. “Depois consegui uma bolsa de estudos integral na Escola de Música Sol Maior, do violinista e professor Roney Marczak, que também tem um projeto social. Ali aprimorei meus estudos de violino, lecionei para alunos iniciantes e toquei nas Orquestras Sol Maior e Prelúdio”, comenta. Terra também foi por anos professor de uma tradicional escola de música de Londrina.

Após o violino, aprendeu a tocar piano e viola de arco. Em 2015, um outro marco de sua trajetória – o ingresso no curso de Licenciatura em Música na Universidade Estadual de Londrina (UEL). “Lá dentro me descobri cantor e pude participar de muitos concursos e orquestras. Hoje toco viola na Orquestra Acadêmica Bravi, formada por musicistas londrinenses. Já fizemos concertos em vários espaços culturais, gravações de trilhas sonoras para filmes, e a gravação de dois álbuns interpretando obras de Antonio Vivaldi”, cita Terra.

 

Ensinando Música em Ibiporã

 

Depois de uma rápida passagem por escolas municipais de Ibiporã trabalhando com musicalização para crianças, Victor Terra foi convidado em julho do ano passado pela secretária de Cultura e Turismo, Lourdes Narcizo, a reforçar o quadro de professores da SMCT. Inicialmente, ministrou aulas de canto livre e canto coral. Com a aquisição, pela administração municipal, de dezenas de instrumentos de sopro, cordas e percussão para os projetos de musicalização e formação da banda da SMCT, o violonista começou a ensinar violino, viola, violoncelo, prática de orquestra, canto livre e coral.

As aulas acontecem no Museu do Café, um dos espaços culturais administrados pela SMCT, que desde o mês passado recebe alunos de 10 cursos de instrumentos musicais, além do canto livre, os quais passaram a ser ofertados gratuitamente pelo governo municipal. “Além das aulas práticas, eles fazem teoria e práticas de grupo, para, desde o início da formação, terem a oportunidade de construir o senso de unidade, aprender a se afinar, organizar os espaços, como se portar dentro de uma orquestra. Tudo isso amplia as possibilidades sonoras, de repertório. Quando comecei na carreira musical, a oportunidade de participar de orquestras foi muito importante para o meu desenvolvimento artístico”, valoriza Terra.

Em busca de ampliar e diversificar sua formação artística, o musicista faz aulas de teatro e ballet clássico na Fundação Cultura Artística (Funcart), em Londrina. “Quero trabalhar com musicais e na área de produção musical”, revela.

Grato pelas oportunidades que soube aproveitar ao longo da vida, o professor Victor tem agora a missão de ajudar a concretizar sonhos, transformar pessoas por meio da música e descobrir novos talentos que possam também servir de exemplo. “Tenho uma frase que me inspira. “Educação é amor! Ninguém é tão pequeno que não possa ensinar, ou tão grande que não possa aprender!”, conclui Terra.